janeiro 17, 2012

St. Antonio

Nada de ar desacostumado
Nem humor programado
Nada de barriga vazia
Nem grade na janela
Só mesmo os gritos de uma pelada com mesma chuteira
De dedos, de joelhos, de terra, de gols
Só mesmo os giros da menina amarela que balança a trança
Só mesmo os risos de uma corrida na magrela 
Só mesmo o chuveiro do céu regulado por paz
Que nunca tarda em ligar aqui e acolá
Que sempre colore o quintal de flor.
Essa é toda a vida que sonhei pra mim
Com tardes que custam passar
Com despertadores voadores
Com sorrisos banguelas
Com amores
Com sabores
Com sequidão
Com enxurradas